passarola quer voar: maio 2010

sexta-feira, maio 28

Gira-discar o mundo (em histórias)

Nasceu um novo atelier Animiniarte!!! Nasceu das muitas saudades de trabalhar com miúdos (há quase um ano que o animiniarte andava adormecido) e de sinergias. É o mote dos últimos tempos, juntar ideias e talentos com malta conhecida de gostos semelhantes. Eu e Nuno Afonso temos muitos gostos musicais em comum e temos os dois experiência e vontade de trabalhar com públicos mais novos. Já há muito tempo que falávamos em fazer qualquer coisa juntos e a ideia acabou por nascer entre as emoções de um concerto fantástico de Sonic Youth.
Agora tinha de ser!
Juntámos a experiência dos dois e nasceu o Gira-discar o mundo (em histórias).
Uns dias depois de lhe ter criado uma página no Facebook o entusiasmo em volta da ideia e a quantidade de pedidos de informação que tenho recebido por mail, já demonstraram que isto tem muuuuuitas perninhas para andar e nós estamos mesmo muito entusiasmados!…
Muito obrigada a todos os que nos têm ajudado na divulgação, como a Liliana que criou a apresentação e o logo, como o grande maestro Nick Nicotine, ou a amiga da velha guarda Margarida!!! :)
E, tchanam… cá está a apresentação para todos os que puderem ajudar a divulgar ou que estiverem interessados, é só pedir mais informações para o geral@animiniarte.com.


Queremos Gira-discar pelo pais todo!!! Perguntem-nos como!!! :)

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sábado, maio 8

O FIMFA faz dez anos!!!!

Já não sei há quantos anos é que sou cliente deste festival mas, se não o apanhei desde o início, apanhei-o quase desde o início e todos os anos, os espectáculos que vejo me deixam ainda com mais vontade de voltar no ano a seguir. Acabo sempre por ver mais do que aquilo que escolho pelo programa (até porque muitos são aqui ao virar da esquina, no meu bairro ;)) e nunca me arrependo.
Este ano há muita coisa nova e algumas repetições em jeito de Best Off! :)
Vou destacar alguns:

Imperdível: Shrimp Tales dos Hotel Modern no Teatro Maria Matos, dias 14 e 15 de Maio às 21h30.
Já assisti a um espectáculo deles num dos FIMFAs anteriores e o que eles fazem é absolutamente fantástico! Criam filmes em tempo real, utilizando minis palcos onde vão manipulando os objectos que estão a ser filmados e projectados em directo num ecrã grande. O que vi era em cenário de guerra e foi absolutamente surpreendente:



Agora estão a usar gambas!!! “Em Shrimp Tales, os humanos são representados por gambas, com cinquenta e três cenários em miniatura”
“Do ponto de vista técnico é o projecto mais ambicioso do grupo, dado o grande número de cenas curtas, que se sucedem com grande rapidez e são projectadas num grande ecrã”.
VÃO VER, vão sair de lá completamente maravilhados!!!

Aqui no Museu da Marioneta, Os Três Mosqueteiros do Alfa Theatre, nos dias 13, 14, e 15 de Maio às 21h30 e 16 de Maio às 17h.
Pelo que li é uma adaptação muito espirituosa, divertida, com um humor inteligente. “uma criação imperdível, com cerca de trinta e seis marionetas de luva, segundo a melhor tradição checa, combates incríveis e situações cheias de humor, acompanhadas de música ao vivo, uma equipa de doze artistas que vão certamente marcar o festival”.
Vou ver e aproveitar à saída (Claustro do Museu, nos dias 13 e 14 às 23h) para cumprimentar o Troiando, o verdadeiro cavalo de Tróia, que afinal existe e é de bronze.

Aqui da vizinha Tarumba, o Mironescópio: A Máquina do Amor, no dia 18 de Maio (nos meus anos parece-me bem), às 21h30 e 22h30 e no dia 19 às 23h30. Já não é a primeira vez que o apresentam e já esteve na minha agenda e não faço ideia porque é que ainda nunca o vi, agora é uma espécie de prenda de anos ;)
“Os grandes especialistas da arte erótica, Dr Erotikone, Madame Gigi e Madame Mimi, entre outros convidados, trazem consigo os seus valiosos Mironescópios. Aqui não existem barreiras, o amor é livre! Venha descobrir o que aconteceu realmente no Paraíso… entre muitas outras surpresas nunca antes vistas…”

Também recomendo muito o “Las Tribulaciones de Virgínia” dos Hermanos Oligor, Museu da Marioneta dias 19, 20, 21 e 22 de Maio às 22h.



Já o vi numa das edições anteriores e é lindíssimo. O cenário é maravilhoso, a mecânica da coisa, as caixinhas de música, é espectáculo para ficarmos com olhos e sorriso de criança de 6 anos de idade, é tão bom!! (o vídeo é uma apresentação de um doc sobre eles)
“As máquinas foram inspiradas em experiências de causa-efeito, jogos móveis, brinquedos e autómatos, accionados por roldanas e pedais. A acção sucede-se por todo o espaço e é acompanhada por música de feira, caixas de música e tango…”

E depois há tantas coisas mais, há Bonecos de Santo Aleixo, há um escocês gigante solto por aí, um elefante a passear pelas ruas, há espectáculos fantásticos, pelas marionetas, pelas técnicas de manipulação, pelos cenários, pelo humor, pela beleza, há espectáculos para todos os gostos, a descobrir aqui…
Parabéns FIMFA, parabéns Tarumba pelos dez aninhos de festival!
Contem comigo por muitos mais anos!!!

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terça-feira, maio 4

Can you dig it? _ Na ressaca do Indie…

O IndieLisboa já acabou e este ano faltou aqui o habitual anúncio da abertura com as minhas escolhas/sugestões de filmes para ver. Com muita coisa ao mesmo tempo na cabeça, deixei um bocado que escolhessem por mim (obrigada Tânia, Sofia e Márcia) e quem me acompanha pelo facebook percebeu que não me arrependi nada, principalmente por duas razões: Go Get Some Rosemary e Black Dynamite!!!!!

O Go Get Some Rosemary, dos irmãos Ben e Josh Safdie, aparentemente um filme cheio de imagens bonitas da relação de um pai carinhoso e brincalhão com os seus filhos lindos (por acaso, filhos do Lee Ranaldo na vida real) é um filme que nos deixa à beira de um ataque de nervos pela tensão que nos provoca do princípio ao fim. Isso porque percebemos logo no início do filme que alguma coisa muito má vai acontecer àquelas crianças, só não sabemos o quê ou quando. E estar à espera disso a cada segundo do filme é uma tortura como não me lembrava de passar numa sala de cinema há muito tempo. E tudo porque o querido pai simpático e brincalhão é o pai mais inconsciente à face da terra, que não tem a vida facilitada e tem a capacidade de escolher sempre as piores opções sem a mínima consciência de que são aos piores opções que podia tomar. É um filme que se vê sem respirar e que recomendo muito!!! Ganhou, e muito bem, o grande prémio do festival este ano.


Se não o viram e o virem por aí, não o percam!

O Black Dynamite (do realizador Scott Sanders e do actor e co-argumentista Michael Jai White) é outra conversa completamente diferente… Esse foi o filme que eu olhei para o programa e disse logo que queria ir ver e claro, não fui a única e já estava no “pacote” dos filmes escolhidos e posso dizer-vos que, se o primeiro nos deixa em tensão do princípio ao fim, este deixa-nos a rir à gargalhada do princípio até muuuuuuuuuito depois do fim… Pelas pirosadas, pelos olhares intensos, pelos clichés, pelas músicas, pelas lógicas, pelo objectivo dos “maus”, pelos golpes de kung-fu, pelas tiradas, pelas grandes tiradas que ainda me fazem rir dois dias depois de ter visto o filme e que me vão fazer rir todas as vezes que o vir. Este é daqueles filmes que desconfio que vou ver tantas vezes na vida que um dia já vou saber as falas todas de cor para usar na brincadeira com outras pessoas que já tenham visto o filme tantas vezes como eu… Até lá, vou ensaiando por aqui, Can you dig it?



I SAID, CAN YOU DIG IT?
;)

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