Hoje vivi uma aventura...
...que podia não ter tido um final feliz…
Eu, sempre que posso e não tenho compromissos que me prendam por aqui, pego no meu caderninho e na minha caneta e vou trabalhar para a praia (eu sei a que é que isto soa, mas eu trabalho mesmo bem na praia, muita história aí tem sido desenvolvida…). E fora das épocas balneares, a praia ainda me sabe melhor por estar praticamente deserta. Hoje fui e no caminho para lá estava mesmo a pensar no prazer que isso me dava e como era uma sortuda em ter essa possibilidade. Entre mergulhos, fui trabalhando e quando começou a arrefecer, preparei-me para vir embora.
E foi aqui que a aventura começou.
Quando estava a “destacionar” o carro, vi no retrovisor que estava alguém a espiar-me. Tive uma sensação estranha mas pensei que fosse um kite surfista a mudar de roupa, o que é comum por ali, e continuei a sair do parque. Mas mal fui avançando comecei a ouvir um FLAP FLAP FLAP e pensei logo. “MERDA! Tenho um pneu furado!” Seguido do pensamento “Foi furado para me tentarem assaltar o carro.” Avancei um bom bocado e parei suficientemente longe do parque onde poderiam ter tentado assaltar-me, mas estupidamente longe de tudo…
Nunca tinha mudado um pneu sozinha, tinha umas noções e o livro de instruções do carro, muito consultado por mim, e pus-me à tarefa.
Já tinha conseguido colocar o macaco no sítio correcto e levantado a parte frontal do carro (a minha primeira vitória), quando apareceu um homem a oferecer-se para me ajudar. Deu-me umas dicas boas e eu estava efectivamente a conseguir trocar o pneu, quando o senti a aproximar-se por trás. Levantei-me muito rapidamente e vi que tinha tirado os calções. Felizmente o meu impulso foi logo guerreiro, dei-lhe um berro e uma joelhada nos tomates que o deixou k.o. o tempo suficiente para eu me baixar e agarrar a chave de parafusos. Ainda tentou agarrar-me e rasgar-me o top mas eu comecei a gritar e ameaçá-lo com tanta violência que o homem foi a correr com os tomates doridos entre as pernas.
Confesso que não me senti nada super-heroína. Tive a perfeita noção que tive uma sorte desgraçada e que esta história podia ter acabado muito mal para mim. Devia prometer-me a mim mesma que nunca mais vou correr riscos desnecessários, que vou ter cuidado por onde ando… mas é tão difícil, deixar de fazer coisas que me dão prazer por medo que me possam fazer mal. É tão revoltante ter de pensar assim. O mundo não vai mudar. E eu? Quando é que eu mudo? Não sei… Mas por agora não há mais praias desertas… só praias com gente e parques de estacionamento vigiados onde eu possa pedir ajuda, caso me aconteça outra destas…
Eu, sempre que posso e não tenho compromissos que me prendam por aqui, pego no meu caderninho e na minha caneta e vou trabalhar para a praia (eu sei a que é que isto soa, mas eu trabalho mesmo bem na praia, muita história aí tem sido desenvolvida…). E fora das épocas balneares, a praia ainda me sabe melhor por estar praticamente deserta. Hoje fui e no caminho para lá estava mesmo a pensar no prazer que isso me dava e como era uma sortuda em ter essa possibilidade. Entre mergulhos, fui trabalhando e quando começou a arrefecer, preparei-me para vir embora.
E foi aqui que a aventura começou.
Quando estava a “destacionar” o carro, vi no retrovisor que estava alguém a espiar-me. Tive uma sensação estranha mas pensei que fosse um kite surfista a mudar de roupa, o que é comum por ali, e continuei a sair do parque. Mas mal fui avançando comecei a ouvir um FLAP FLAP FLAP e pensei logo. “MERDA! Tenho um pneu furado!” Seguido do pensamento “Foi furado para me tentarem assaltar o carro.” Avancei um bom bocado e parei suficientemente longe do parque onde poderiam ter tentado assaltar-me, mas estupidamente longe de tudo…
Nunca tinha mudado um pneu sozinha, tinha umas noções e o livro de instruções do carro, muito consultado por mim, e pus-me à tarefa.
Já tinha conseguido colocar o macaco no sítio correcto e levantado a parte frontal do carro (a minha primeira vitória), quando apareceu um homem a oferecer-se para me ajudar. Deu-me umas dicas boas e eu estava efectivamente a conseguir trocar o pneu, quando o senti a aproximar-se por trás. Levantei-me muito rapidamente e vi que tinha tirado os calções. Felizmente o meu impulso foi logo guerreiro, dei-lhe um berro e uma joelhada nos tomates que o deixou k.o. o tempo suficiente para eu me baixar e agarrar a chave de parafusos. Ainda tentou agarrar-me e rasgar-me o top mas eu comecei a gritar e ameaçá-lo com tanta violência que o homem foi a correr com os tomates doridos entre as pernas.
Confesso que não me senti nada super-heroína. Tive a perfeita noção que tive uma sorte desgraçada e que esta história podia ter acabado muito mal para mim. Devia prometer-me a mim mesma que nunca mais vou correr riscos desnecessários, que vou ter cuidado por onde ando… mas é tão difícil, deixar de fazer coisas que me dão prazer por medo que me possam fazer mal. É tão revoltante ter de pensar assim. O mundo não vai mudar. E eu? Quando é que eu mudo? Não sei… Mas por agora não há mais praias desertas… só praias com gente e parques de estacionamento vigiados onde eu possa pedir ajuda, caso me aconteça outra destas…
Etiquetas: aventuras passaroladas, coisas
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