passarola quer voar: Bones

quinta-feira, janeiro 18

Bones

Já ganhou a minha consideração. Tenho seguido esta série desde que começou a passar na dois. Não porque soubesse muito sobre a série mas porque as séries das 22h30 da dois ainda são o pouco que eu tenho pachorra para ver na TV. Nem sempre são excelentes mas passam a uma hora em que em dias normais eu gosto de me esticar no sofá, consumir a minha horita de televisão diária e baixar a adrenalina do dia o suficiente para conseguir ir para a cama ler um bocado antes de dormir.
Quando estreou o Bones eu fui logo cativada, pelas personagens, pelas histórias/brincadeiras paralelas à história central , pelo bizarro restaurante do costume, pelos deliciosos diálogos sobre a vida privada de Booth (que embora não faça o meu género, faz a obsessão de todas as personagens femininas da série), pela tecnologia utilizada e pelos imensos ossos, esqueletos, mãos de mortos que são vestidas como luvas e outros pormenores do género..
O episódio de hoje deu-me a volta de uma forma inteligente e surpreendente. Tratava a pena de morte e, na dúvida da total inocência do criminosos, a equipa trabalhava contra horas e contra todos, para conseguir seguir pistas que podiam ou não ilibar o presumível culpado. Não sei se viram e se pensaram o mesmo que eu, mas estava convencida que no final, o culpado não era nada culpado, e ao último minuto era miraculosamente salvo da morte por uma equipa encabeçada por uma idealista louca em busca da verdade.
Pessoalmente, contra a pena de morte, não porque tenho muita pena dos coitadinhos dos criminosos mas porque efectivamente acho que se sofre mais com uma vida de privações que com uma morte imediata, dei por mim positivamente surpreendida no momento em que as pistas revelam novas provas.. que sim, salvam miraculosamente o presumível culpado da pena de morte.. mas que o revelam como um grandessíssimo cabrão que não só matou aquela vítima como outras tantas e que jogou completamente com a dita equipa de profissionais para conseguir exactamente o que queria.
Sem hipocrisias, manipulações ou moralismos.. dá que pensar...