Confesso…
…que tive dificuldade em perceber o que senti ontem ao ver o Control. Vi o filme, adorei a imagem, a banda sonora, saber mais da vida do Ian Curtis… mas saí da sala e fiz a minha vida sem grande entusiasmo por nada. Não me deu vontade de vir a correr para o computador escrever-vos sobre o que vi, não me deu vontade de vir a correr escrever histórias, não fiquei a pensar nas injustiças da vida…nada… E isto confesso que me estava a fazer um bocado de confusão. Pensei nas outras opiniões que ouvi e li sobre o filme e no porque é que se centravam mais na interpretação da vida pessoal dele, na música dos Joy Division, ou na critica ao facto do filme ser baseado na visão da mulher dele e a única sensação forte que tinha é que tinha visto a história de um Ian Curtis perdido… mas, perdido na vida ou na história do filme? Agora, com a ajuda das palavras sábias do meu ex-companheiro de olharapos, kinder.mecanique é que consegui finalmente perceber o que é que me faltou… o próprio do Ian Curtis. Ele ou qualquer uma das outras personagens vão atrás de uma narrativa sem grandes motivações ou decisões. Era este o objectivo? Foi isso que se passou? A vida aconteceu-lhe à frente sem que ele a agarrasse ou mastigasse e por isso é que se suicidou? Pode ser e, se assim foi, eu até aceito… mas continuo na minha. Falta-lhe (ou falta-lhes, às personagens) qualquer coisa que me toque, como me toca a banda sonora...
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