O S. Martinho na Guerra

Primeiro chegaram os pedidos tímidos – “dás-me uma castanha?”, “por favor..um golinho do teu vinho”- Ignorando-os, o prisioneiro do vinho, aproximou-se do prisioneiro das castanhas e disse-lhe. – “os outros.. não têm nada para nos oferecer. Mas eu podia trocar metade do meu vinho, por metade das tuas castanhas” - O prisioneiro das castanhas pensou e disse – “Não.. eu não mereci esta oferenda.. os outros têm tanto direito a ela como eu.. partilharei as minhas castanhas com todos” - O prisioneiro do vinho agarrou numa castanha e escondeu-se, para beber o seu vinho longe dos olhos dos outros. Os restantes prisioneiros banquetearam-se com uma pequena castanha cada um.
Os soldados, desiludidos com o espectáculo, questionaram o seu general. - “Mas a festa ainda não acabou” - .. explicou-lhes ele – “Digamos que uma das iguarias está envenenada com um ingrediente especial.. em qual delas apostam? Fiquem com atenção e talvez aprendam alguma coisa comigo hoje”.
Passado pouco tempo, todos os prisioneiros se contorciam com dores. Todos.. não, todos menos um. O general incrédulo, confrontou o prisioneiro das castanhas que lhe respondeu.
- "é a primeira coisa que se aprende na guerra.. a não confiar nas prendas do inimigo.. queres a minha castanha, ainda aqui a tenho..."
Nesse momento, as nuvens dissiparam-se e pôs-se um quente dia de Sol.
Mentira... não é nada assim que reza a lenda de S. Martinho.. Por isso.. ide..bubei muito vinho, cumei muitas castanhas.. e aproveitai o sol.. que eu vou fazer o mesmo. ;)
Etiquetas: curtas, s.martinho
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