passarola quer voar: Maria Mata-os

quarta-feira, janeiro 13

Maria Mata-os

Estreou ontem no Maria Matos um novo espectáculo dos Primeiros Sintomas, a ver! Já por aqui tenho elogiado o trabalho deles e este, agora em formato de revista, é mais um exemplo a não perder.

Se na altura da Repartição eu disse que não era um espectáculo para iniciados, O Maria Mata-os é para todos os gostos, ou como eles dizem “Um espectáculo português para o povo e pró burguês! É a revista nacional, para quem está bem e para quem está mal!”
Se na repartição a ausência de mudança de quadros se podia tornar cansativa, no formato revista o que não falta é ritmo e mudança de quadros e cenas para encher o olho (lembrei-me tanto da minha avozinha que se lamentava sempre que a levávamos ao teatro “mas os quadros nunca mudam, é sempre igual”)… E se uns quadros agradam mais a uns que outros, e se uns momentos do texto me agradaram mais que outros, cada vez admiro mais o trabalho global deles. Volto a aplaudir os textos do Miguel Castro Caldas e o trabalho dos ensaiadores Bruno Bravo e Gonçalo Amorim, de todos os actores e de toda a equipa que construiu esta revista portuguesa.

Nos textos do foyer, na conversa entre ensaiadores o Bruno diz o que é que gosta mais na estrutura da revista:
“ A linha narrativa fragmentada. Os quadros que podem ser interrompidos a qualquer momento por momentos musicais ou por um anão que se diz avantajado. As coristas e os repentistas. O compère que fala para a plateia como se existisse um agora. Sobretudo esta sensação que o espectáculo se derrama pelo palco. Os bastidores do palco parecem um navio cheio de plumas, com o pessoal a correr de um lado para o outro. E depois aquele momento em que desce o Brasil com as cordas manuais a mandarem nas varas…”

Já se imaginaram a ir à revista e gostar? Eu gostei e recomendo!
(um pormenor que adorei: o Medo que por lá anda :))

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