passarola quer voar: janeiro 2010

terça-feira, janeiro 26

O Mary and Max...

... já ganhou o direito a figurar na minha lista de filmes favoritos de sempre!
Do mesmo realizador/argumentista de Harvie Krumpet (que pode ser visto, aqui), o filme é imaginativo, genial, emocional!! Recomendo!!

"A tale of friendship between two unlikely pen pals: Mary, a lonely, eight-year-old girl living in the suburbs of Melbourne, and Max, a forty-four-year old, severely obese man living in New York."



Mary and Max trailer _ Adam Elliot

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domingo, janeiro 24

Faz exactamente um ano...

...entrou-me em casa, assim...


... agora está assim...


Eu &Amon, um ano de brincadeiras!!!


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quarta-feira, janeiro 13

Maria Mata-os

Estreou ontem no Maria Matos um novo espectáculo dos Primeiros Sintomas, a ver! Já por aqui tenho elogiado o trabalho deles e este, agora em formato de revista, é mais um exemplo a não perder.

Se na altura da Repartição eu disse que não era um espectáculo para iniciados, O Maria Mata-os é para todos os gostos, ou como eles dizem “Um espectáculo português para o povo e pró burguês! É a revista nacional, para quem está bem e para quem está mal!”
Se na repartição a ausência de mudança de quadros se podia tornar cansativa, no formato revista o que não falta é ritmo e mudança de quadros e cenas para encher o olho (lembrei-me tanto da minha avozinha que se lamentava sempre que a levávamos ao teatro “mas os quadros nunca mudam, é sempre igual”)… E se uns quadros agradam mais a uns que outros, e se uns momentos do texto me agradaram mais que outros, cada vez admiro mais o trabalho global deles. Volto a aplaudir os textos do Miguel Castro Caldas e o trabalho dos ensaiadores Bruno Bravo e Gonçalo Amorim, de todos os actores e de toda a equipa que construiu esta revista portuguesa.

Nos textos do foyer, na conversa entre ensaiadores o Bruno diz o que é que gosta mais na estrutura da revista:
“ A linha narrativa fragmentada. Os quadros que podem ser interrompidos a qualquer momento por momentos musicais ou por um anão que se diz avantajado. As coristas e os repentistas. O compère que fala para a plateia como se existisse um agora. Sobretudo esta sensação que o espectáculo se derrama pelo palco. Os bastidores do palco parecem um navio cheio de plumas, com o pessoal a correr de um lado para o outro. E depois aquele momento em que desce o Brasil com as cordas manuais a mandarem nas varas…”

Já se imaginaram a ir à revista e gostar? Eu gostei e recomendo!
(um pormenor que adorei: o Medo que por lá anda :))

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terça-feira, janeiro 12

A criatura do poço 3

– Puto, anda cá… está ali um carro. Tu não disseste que a gaja estava aqui sozinha?
– E estava, juro-te. Há um mês que a tenho debaixo de olho e nunca veio cá ninguém…
– Ela já descobriu. Fomos apanhados, melhor é bazar…
– Man, o que é que está ali a fazer um poço?
– Tu não me digas…
– Digo, digo… Foi exactamente ali…
– Porra!
– Mas como é que…
– Um poço não nasce da noite para o dia…
– Ela já o desenterrou…
– Nã… sozinha não conseguia. Aquilo é para disfarçar. Só temos de vigiar para ninguém ir lá antes de nós e desenterrá-lo durante a noite.
– E se ela chamou a policia?
– Achas?
– Sei lá…
– Da-se! Esconde-te. Está qualquer coisa a mexer-se no carro…
– Mas que… merda é aquela?
– Da-se! Da-se! Da-se! Da-se! Nunca mais vou conseguir dormir!
– Aquilo… não é humano.
– Da-se! Vamos bazar!
– Man, controla-te! Aquilo está preso dentro do carro, não vai conseguir sair. Só temos de ir ao poço confirmar que ele ainda lá está.
– E ela?
– Se ela aparecer dás-lhe um tiro nos cornos. Foi para isso que vieste armado.
– Mas… o que é aquilo?
– Não penses nisso, fica atento com a arma na mão e estamos safos.
– Eu já não quero saber. Vou bazar.
– Estás doido? Chegámos até aqui agora vais desistir? Man, assim que o desenterrarmos vamos ser reis… Foi tudo o que planeámos…
– Eu sei, mas não era suposto haver um poço, um carro e MUITO MENOS UM MONTE DE NHANHA ENSANGUENTADA A VIGIAR-NOS DE DENTRO DO CARRO!
– Relax, man. Não precisas de sair daí… Aponta a arma à nhanha e guarda-me as costas que eu já venho.
– Espera! … Da-se! Da-se! Da-se! Da-se! Porque é que ainda vou na conversa do puto?
– Man, isto é mesmo um poço… E lá no fundo está… Ahhhhhhhh…
– Puto, o que é que se passa contigo? Vamos embora… Fala comigo, o que é que tu tens? O que é que está aí no fundo? (…)
Da-se! Eu não acredito que me vais fazer ir aí. Estás a gozar comigo, anda lá embora. (…) Vai te lixar, eu vou bazar.
(…) Porra! O que é que o gajo tem? Da-se! Merda dentro do carro, PÁRA DE OLHAR PARA MIM! Julgas que tenho medo de um monte de esterco?
Da-se! Vou buscar o gajo, ele está a gozar comigo e quando estivermos bem longe daqui VOU DAR-TE UM ENXERTO QUE NEM TE VAIS LEMBRAR DE QUE TERRA ÉS. OUVISTE? … Ó idiota. Mostra lá o que é que está no fundo do poço que te deixou tão… (…) DA-SE! Devia ter bazado!

a ser continuada

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